3 de fev. de 2014

Projeto Outernet quer oferecer WiFi global a partir do espaço

Já pensou em poder acessar determinada rede WiFi em absolutamente qualquer lugar do mundo? O Outernet não oferece exatamente isso, mas chega perto: recém-anunciado, este projeto visa criar uma rede sem fio global com o uso de um “enxame” de satélites.

Mais precisamente, esta rede seria formada por CubeSats, um tipo de satélite de baixo custo e em formato de cubo, como o nome deixa explícito, que chama a atenção por seu tamanho diminuto, por seu peso que normalmente não passa de dois quilos e, pelo menos no caso do Outernet, por utilizar um sistema baseado em Arduino.

Um CubeSat (Fonte: Wikipedia)

A ideia é de explicação simples, mas de execução “extra hard”: estes pequeninos satélites seriam lançados ao espaço e, uma vez em órbita, receberiam sinal de uma rede de estações no solo terrestre para então realizar transmissões por alguma tecnologia WiFi multicast.

Como os CubeStats considerados para o projeto são muito pequenos e não têm sistema de propulsão, o seu lançamento ao espaço seria feito a partir de “caronas” em missões espaciais. 

Isso já aconteceu, inclusive: em novembro de 2013, a NASA instalou na Estação Espacial Internacional um lançador de CubeStats que têm diversas pequenas finalidades: capturar fotos do espaço, calcular a temperatura em determinados pontos da Terra, enfim.

outernet

Ainda não se sabe ao certo quantos CubeStats seriam necessários para criar a rede (estima-se que uns 150, inicialmente), qual seria o alcance de cada um e como seria a rotina de substituição das unidades danificadas ou incomunicáveis, mas o plano é cobrir todo o planeta, sem cobrar um centavo por isso.

Se o projeto der certo, conseguiremos acessar a internet de qualquer lugar? Pode até ser, mas não da forma como estamos acostumados. A prioridade é utilizar o Outernet para fins educacionais, oferecer comunicação em áreas afetadas por desastres naturais ou que sofrem censura política, dar acesso a determinados serviços online de interesse global (como o OpenStreetMap) e assim por diante.

Utópico? Talvez, mas o projeto ao menos pode ser o embrião de alguma tecnologia interessante.


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