26 de jan. de 2014

'Precisamos educar os pais', diz expert em segurança de crianças na web

AVG Brasil promoveu, nesta semana, evento de lançamento do eBook “Proteja nossas crianças e jovens”. O evento reuniu especialistas nas áreas de direito, psicologia e neurociência, além da participação do evangelizador de segurança da AVG Technologies, Tony Anscombe, que é autor do eBook “One parent to another”, obra que foi referência para o lançamento do novo eBook da AVG Brasil.
AVGselo2 (Foto: AVGselo2)

Durante a mesa-redonda montada para discutir a segurança online de crianças e adolescentes, um dos temas discutidos foi a necessidade de pais e responsáveis se educarem virtualmente. Deste modo, a família pode acompanhar o ritmo das crianças e jovens que, cada vez mais cedo, têm seus dados disponíveis na rede e começam a navegar na Internet.
Para Mariano Sumrell, diretor de marketing da AVG Brasil, a segurança não é só feita de ferramentas. Há ainda um outro componente ainda mais importante: o comportamental. “Não conseguimos prover a segurança só com ferramentas. A educação é parte desse trabalho”, afirmou Sumrell.
Entre os riscos de uma navegação desprevenida apresentados por Sumrell estão o acesso inadvertido a conteúdo impróprio, o contato com pedófilos, a divulgação de informações que podem colocar o internauta em risco ou que podem prejudicar sua imagem e seu futuro, assim como riscos de ter a identidade roubada por hackers que podem, inclusive, gerar perdas financeiras.
Orientações versus questões legais
Para o promotor de justiça na área da infância e juventude da comarca de Divinópolis (MG), Carlos José Silva Fortes, mais importante do que punir é prevenir. “Nossa lei está longe de ser boa. Para não aplicar a lei penal, o principal é a prevenção. A Internet é parte de nossa vida – todos devem usar, até as crianças, mas com supervisão e educação”, disse.
Dr. Fortes (Foto: Dr. Fortes)

Advogada especialista em direito digital, Patrícia Peck questionou os termos de uso das redes sociais, que poderiam ser mais lúdicos. “As instruções de segurança parecem um manual, não têm a menor capacidade de educar, não são pedagógicas. São só para juiz ver e, para juiz ver, estamos no incidente, no trauma, e aí já foi: o conteúdo estará para sempre na Internet. A pessoa terá de conviver com isso”, disse.
Peck também defendeu a ideia de que pode valer mais a pena discutir a capacidade da criança fazer uso assistido da Internet – em um tipo de cogestão da conta aberta em redes sociais por pais e responsáveis, sendo educada anteriormente –, do que entrar em questões sobre a idade legal de acesso estabelecida pelas redes sociais. “Precisamos aceitar a tecnologia. A tendência é diminuir a idade dos termos de uso e reforçar que a responsabilidade de instruir não é só da família, mas também do fornecedor da tecnologia”, disse.
Pais educados instruem os filhos
Evangelizador de segurança da AVG Tecnologies, Tony Anscombe escreveu um livro para a conscientização de famílias, para que eles possam retransmitir o que aprenderam aos seus filhos e protegê-los dos perigos em rede. Pai de um adolescente de 13 anos, Tony citou o Instagram como exemplo da superexposição das pessoas. 
Navegando pela rede social, ele notou que além das fotos, era possível ver o nome completo do usuário, a hora e o local exatos de onde as fotos foram tiradas, além de mais fotos e lugares frequentados. Observando esse excesso de informações, Tony orientou o filho a desabilitar o recurso do Instagram que informa a localização da foto tirada. “Isso só foi possível por causa do meu conhecimento”, afirmou Tony.
Tony Anscombe, evangelizador de segurança da AVG Tecnologies e autor do e-book "Proteja nossas crianças e jovens" (Foto: Tassia Moretz/TechTudo)

“Se não educarmos os pais, eles não vão repassar o que aprenderam para seus filhos”, completou o evangelizador da AVG Technologies.
O especialista em segurança apresentou ainda estatísticas brasileiras sobre usuários do Facebook. Os dados apresentados por ele revelam que 64% dos usuários dessa rede social têm idade entre seis e nove anos. Vale lembrar que a idade mínima necessária para criar uma conta no Facebook é de 13 anos, o que é determinado por lei. Navegar nessa rede social com idade inferior à necessária é estar exposto a um conteúdo e a anúncios que podem ser inadequados, adverte o especialista. “Isso pode estimular as crianças a crescerem rápido demais”.
EBook é gratuito e aborda segurança de crianças e jovens na Internet
O eBook “Proteja nossas crianças e jovens”, da AVG Brasil, está disponível na Internet, para download gratuito. A publicação é inspirada no livro “One parent to another”, também de Tony Anscombe.
capa_ebook (Foto: capa_ebook)Trata-se de um guia de segurança online para pais e responsáveis. São cinco capítulos e 33 páginas onde o leitor encontra pesquisas sobre o comportamento de crianças em rede, bem como os riscos que a Internet pode apresentar, e também orientações e práticas que pais e responsáveis podem aplicar para garantir uma navegação segura na Internet.
Para ler ou fazer download da obra completa da AVG Brasil, acesse o link

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