19 de fev. de 2014

One Drive, agora em Android e iOS, ganha mais espaço e backup automático

A Microsoft convocou uma coletiva nesta quarta-feira (19) para anunciar as novidades em torno da recente mudança que fez com o SkyDrive, que a partir de agora passa a se chamar OneDrive. O nome será gradualmente eliminado, trocado em atualizações em datas não especificadas. As novidades vêm em alinhamento com a nova política de integração de plataformas da empresa, que desde o lançamento do Windows 8 se esforça para costurar todos os gadgets em uma única “experiência de uso”, como eles mesmos definem sua nova visão.
Disponível para Windows 7, 8, Android, iOS, MacOS e Windows Phone, o OneDrive é agora um serviço de nuvem completo (Foto: Divulgação/Microsoft)
Nesse sentido, o uso da nuvem ganhou relevância chave: nos próximos dias e semanas, todos os produtos da empresa receberão atualizações para que se integrem ao dito OneDrive, “o lugar único para todas as coisas”. A interface será unificada, aproveitando o design Metro em todos os aparelhos, e o espaço gratuito será aumentado para 7 GB. Isso beneficia não apenas celulares com Windows Phone e tablets e PCs com Windows 8, mas também os usuários do Xbox One, do Windows 7, e até de plataformas concorrentes como iOS, Android e MacOS. 
Um destaque de particular celebração foi a inclusão de elementos do OneDrive no pacote Office, que depois de uma atualização passará a considerar a nuvem como lugar padrão para armazenamento, para salvar documentos em tempo real e possibilitar a coautoria simultânea. Na prática, a empresa tenta equipará-lo ao Google Drive, que já oferece esse tipo de serviço há bastante tempo, mas com uma vantagem: cada licença do Office oferecerá 100 GB de armazenamento por um ano, suficiente para o backup total da maioria dos usuários.
Qualquer documento criado em qualquer aplicativo do Office poderá ser editado, mesmo por pessoas que não possuam o Office ou uma conta de SkyDrive, se o autor original compartilhá-los pela Internet. Para tal, a Microsoft criou um WebApp que simula cada software do Office no navegador, e as mudanças nesse documento espelhado serão vistas automaticamente pelo autor primário. Outro destaque é o fato de que, a partir de agora, qualquer documento terá seu histórico de edições salvo junto com o arquivo, possibilitando ao autor reverter alterações indevidas muito rapidamente (novamente, igual ao Google Drive).
Nos tablets e celulares de todas as grandes marcas, o OneNote se manifestará principalmente pelas câmeras, que receberão uma opção para enviar fotos e vídeos instantaneamente para a nuvem, podendo ser visualizados em qualquer lugar ao término do upload. O usuário poderá acessar tudo o que estiver salvo no OneDrive sem necessidade de ocupar espaço em disco, via streaming. Em conjunção com a integração profunda que o OneDrive terá com o Xbox One e o Windows 8, isso abre possibilidades de visualização remota muito mais ágeis que as disponíveis atualmente.
Outro grande tiro certeiro nesse sentido foi a implementação de códigos para transcodificação de arquivos que estiverem armazenados na nuvem, sejam eles vídeos, imagens ou documentos. Qualquer arquivo acesso pode ser visto de qualquer aparelho, e há até mesmo uma otimização para streaming dinâmico desse conteúdos, que varia a qualidade de exibição de acordo com as flutuações de banda de quem os acesso, na tentativa de suavizar o acesso remoto.
A interface, baseada no design Metro, é bastante prática (Foto: Reprodução/Microsoft)
Pelo que foi dito na coletiva, o Xbox One servirá apenas para visualização dos arquivos em um primeiro momento – edição, nesse momento, foi considerada “improvável” pelos representantes da Microsoft Brasil, embora eles tenham enfatizado que pode haver novas notícias sobre isso a qualquer momento.
A interface de compartilhamento tem alguns elementos surpreendentes: além do manjado compartilhamento por contato e via Facebook e outras redes sociais, é possível criar pastas de nuvem na web, privadas ou públicas. Este segundo caso, bem mais interessante, indexa a pasta no serviço de busca do Google, tornando-a acessível do onipresente buscador. Há até mesmo um redutor de URLs integrado no próprio menu de upload, para reduzir os colossais links de acesso e facilitar esse processo. O mesmo menu pode ser utilizado para visualizar o que já foi compartilhado com o usuário, seja via redes sociais, OneDrive ou de forma direta. Nesta seção, o usuário pode não apenas acessar tudo o que já recebeu, mas alterar a privacidade de itens antigos, entrar com o autor original de cada texto e outras funções.
Espaço para dar e vender
Para celebrar essas novas funcionalidades, que estão disponíveis desde a noite passada no site do OneDrive, a Microsoft planeja até mesmo fazer uma promoção, dando espaço gratuito para mais de 100 mil pessoas. “Daremos a 100 mil pessoas 100GB de espaço para armazenamento gratuito por um ano. Isso são 10PB (petabytes) de armazenamento gratuito – espaço suficiente para armazenar uma foto de cada pessoa no planeta”, diz o comunicado oficial. Para os interessados em participar, é preciso ficar atento às intruções do perfil de Twitter @OneDrive, que fará essa distribuição.
Para quem perder a chance, ainda é possível conseguir espaço de duas outras formas: uma, gratuita, para até 15 GB, e outra paga, até 200 GB. A primeira envolve, como no caso de outros serviços de armazenamento, uma espécie de gincana: usuários que indicarem amigos podem receber até 5 GB adicionais, 500 MB por cabeça (para as duas pessoas), e mais 3 GB apenas por habilitar o recurso de back-up na câmera do celular. Quem estiver a fim de algo sério pode alugar espaço, com um novo plano de pagamento mensal cujos pacotes vão de R$11,99 (50 GB) a R$56 (500 GB) por mês.

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