A pulseira medidora de atividades físicas Up, da Jawbone, é um gadget relativamente simples (um pedaço de borracha flexível com sensores), mas agrada pelo tipo de informação que disponibiliza ao usuário. Em um aplicativo no smartphone, ela mostra a quantidade de passos que uma pessoa deu no dia e detalhes sobre a qualidade do sono da pessoa.
Disponível oficialmente no Brasil desde a abertura da primeira loja oficial da Apple, a pulseira tem valor sugerido de R$ 650. Nos Estados Unidos, o modelo custa US$ 130 (cerca de R$ 350) e é vendido desde 2012. A empresa já até lançou uma atualização da pulseira, chamada Up24, com conexão sem fio.
Acompanhe a seguir os principais recursos da pulseira:
Como funciona
A pulseira, em si, não é difícil de manusear. Há um discreto botão (é possível emitir alguns comandos segurando-o ou pressionando-o algumas vezes rapidamente) e um conector P2, que é ligado na entrada de fone de ouvido do smartphone. Ela começa a mostrar a que veio quando é sincronizada com o aplicativo da companhia, disponível gratuitamente para as plataformas Android e iOS.
Após configurar as informações pessoais (idade, peso e altura) no aplicativo e sincronizar a pulseira, ela começa a medir as atividades do usuário. Tarefas específicas, como registrar o sono, exige que a pessoa segure o único botão da pulseira até aparecer um ícone de lua, por exemplo.
O conjunto de sensores mede os movimentos do usuário enquanto ele dorme, permitindo assim dar uma noção sobre a qualidade do sono. Essa mesma estrutura consegue monitorar atividade física, indicando quantos passos a pessoa deu em um único dia.
O aplicativo da companhia ainda permite monitorar as calorias do que a pessoa comeu. Isso pode ser feito por meio da detecção do código de barra de determinado produto (como um salgadinho) ou ao tirar uma foto e descrever a refeição. Com essas informações, ele estima os valores nutricionais do alimento.
Medindo o sono
A reportagem usou a pulseira por uma semana e gostou do que viu. O gadget não é intrusivo (é relativamente discreto) e o aplicativo, de forma indireta, acaba transformando todo o monitoramento em um "jogo".
Com esse controle, me esforcei em cumprir uma meta (pessoal) de dormir no mínimo seis horas e 30 minutos (o recomendado pelo aplicativo é de sete a nove horas).É possível ainda comparar o resultado com o de seus amigos do Facebook – uma tarefa ainda árdua no Brasil, pois a pulseira não tem muitos adeptos no país.
A função de medir o sono mostra detalhes como hora em que o usuário deitou, quantas horas ficou na cama, quantas vezes acordou durante a noite, quantas horas dormiu e quanto tempo foi de sono leve ou profundo.
Essas funções são medidas, diz a Jawbone, ao analisar micromovimentos do usuário. Quanto menos se movimentar, a pulseira entende que está em sono profundo. Se a pessoa se mexer com certa frequência, a pulseira entende como um sono leve.
O problema é que a pulseira dá um relatório detalhado para o usuário, mas ele pode não saber como usar essas informações (de forma geral, servem apenas para se ter uma ideia do que acontece enquanto dorme).
"Os sensores de movimento ajudam a medir a atividade muscular durante o sono. Isso pode ajudar a detectar problemas de sono irregular, como insônia ou apneia", explica Angela Lana, otorrino e especialista em medicina do sono.
Para ela, o trunfo da pulseira é usar um método chamado actigrafia, que consiste em medir constantemente a atividade física da pessoa.
No entanto, destaca Angela, a pulseira é limitada, pois só monitora os movimentos. "Ele simplifica as fases do sono em apenas duas (leve e pesado), e a análise só é feita com base na atividade muscular. Para um diagnóstico completo, seria necessário correlacionar as atividades cardíaca, respiratória e a movimentação."
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